Augusto José Pereira Filho conversou com o público sobre mudanças climáticas destacando as possíveis causas dessas alterações. Entre elas, redução da vegetação, crescimento urbano e poluição do ar. O especialista chamou atenção dos profissionais da área tecnológica para a interconexão global das variações climáticas. Exemplificou dizendo que atualmente a região da Antártida está mais fria, por isso ela acaba gerando menos água, o que faz com o que o restante do mundo fique mais seco, com menos umidade. “Todo esse sistema é muito complexo e impacta muito”, afirmou.Citou ainda o exemplo da Região Metropolitana de São Paulo, onde a média da temperatura subiu 2° C entre os anos de 1936 e 2005, a umidade relativa caiu e a incidência de luz solar aumentou. “Como resultado, houve crescimento do consumo de água por parte da população. E o resultado foi um problema”, pontuou ao mencionar a crise hídrica da região. A solução é investir no monitoramento de variações climáticas, fazer uso apropriado do solo e da água, controlar a poluição e revisar a legislação do setor. Assim, é possível gerar menos riscos e mais benefícios ao bem-estar da população, além de proporcionar mais proteção ao meio ambiente. De acordo com Augusto Filho, essas ações compõem a ciência da sustentabilidade que abrange economia, sociedade, ciências naturais, conhecimento e atividade humana. “E a meteorologia tem muito a oferecer nesse sentido, inclusive para alertar e prevenir a população de desastres naturais”,