Os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas do universo onde a gravidade ainda manda.Essas estruturas gigantescas são muito importantes atualmente para diversos estudos, como por exemplo, buracos negros supermassivos no centro de galáxias gigantescas, matéria escura e a colisão de galáxias.Desse modo, estudando os aglomerados de galáxias os astrônomos podem conhecer cada vez mais e melhor a evolução do próprio universo.Os aglomerados de galáxias ainda guardam muitos segredos e mistérios que aos poucos vão sendo desvendados.Um desses aglomerados que apresentam surpresas para os astrônomos é o aglomerado de Perseus, ele tem cerca de 11 milhões de anos-luz de diâmetro, e está localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra.Nesse aglomerado, os astrônomos identificaram algo intrigante, uma estrutura que lembra uma onda mas que tem duas vezes o tamanho da Via Láctea está varrendo o aglomerado. Para tentar solucionar esse mistério, os astrônomos fizeram uma extensa observação usando o Chandra por 10 dias e combinaram essas imagens com pesquisas diversas, além de utilizar precisas e complexas simulações computacionais para o total entendimento do fenômeno.De acordo com a melhor explicação até o momento, um pequeno aglomerado de galáxia passou a 650 mil anos-luz do centro do Aglomerado de Perseus, essa passagem criou uma alteração gravitacional que fez com que o gás fosse alterado como o creme jogado numa xícara de café, criando assim uma espiral em expansão de gás.Essas ondas na verdade, são versões cósmicas das chamadas nuvens de Kelvin-Helmholtz que acontecem quando existe uma diferença de velocidade na interface dos dois fluidos envolvidos no movimento.Na Terra essas nuvens são encontradas no oceano, quando o vento sopra sobre a água.Assim os astrônomos vão conhecendo cada vez mais essas estruturas gigantescas, estruturas essas que podem responder muitas perguntas importantes sobre a evolução do nosso universo.


Fonte : Sérgio Sacani Sancevero
Artigo: https://arxiv.org/pdf/1705.00011.pdf